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Seleções mundiais vão ficar em palácios, spas e hotéis de luxo durante a Copa do Catar

Seleções mundiais vão ficar em palácios, spas e hotéis de luxo durante a Copa do Catar
Maioria das equipes vai se concentrar em um raio de 10 km. (foto: Reprodução)
Menor país a sediar uma Copa do Mundo, o Catar vai acomodar 24 das 32 seleções participantes em um raio de dez quilômetros, nas redondezas da capital Doha e seus subúrbios. Elas ficarão em palácios, spas e hotéis de luxo, onde bebidas alcoólicas são proibidas. O torneio começa em 21 de novembro.

Apenas oito países, alguns deles considerados potências do futebol, como Inglaterra, Alemanha e Bélgica, escolheram locais mais distantes. As seleções ficarão no mesmo lugar durante toda a Copa, saindo apenas para fazer os jogos.

“A Copa do Catar será uma Copa do Mundo como nenhuma outra, com as equipes se beneficiando de sua natureza compacta. Os jogadores terão mais tempo para treinar e descansar durante a competição, ao mesmo tempo em que poderão experimentar muito mais de perto a emoção que tomará conta do país, uma vez que jogadores e fãs apaixonados de todas as 32 nações classificadas estarão reunidos em uma única área”, disse Colin Smith, Diretor de Operações da Fifa.

O cenário será bem diferente da última Copa do Mundo, na Rússia, em 2018, quando os participantes ficaram espalhados pela parte europeia do país. Algumas bases tinham distância de até 2.100 km entre elas e exigiam deslocamento aéreo, bem parecido com a edição do Brasil, em 2014.

Sem viagens

A Copa do Mundo do Catar não exigirá o uso de voos domésticos. As equipes chegarão às bases ao menos cinco dias antes da estreia, com a esperança de estender a estadia para 33 dias, duração do torneio para quem chegar à final do dia 18 de dezembro.

“Tal como acontece com todos os nossos projetos da Copa do Mundo, o planejamento do legado tem sido um fator chave e muitos dos locais de treinamento renovados e construídos beneficiarão os clubes e comunidades locais muito tempo após o término do torneio. Os novos hotéis também apoiarão a crescente indústria de turismo do Catar”, diz Nasser Al Khater, CEO da Copa.

A seleção brasileira optou pela proximidade e se hospedará no Westin Doha Hotel & Spa. Os treinos serão no Estádio Grand Hamad. Argentina e Espanha ficarão em um alojamento “luxuoso” na Universidade de Doha, de onde poderão chegar andando ao seu centro de treinamento. Essa logística faz com que os treinadores tenham mais tempo para trabalhar suas respectivas equipes e recuperar jogadores.

Já a França, atual campeã mundial e uma das favoritas este ano, terá como “domicílio” o Al Massila, complexo hoteleiro próximo a Doha, que destaca principalmente seu perfil de “palácio particular”. As diárias ali custam mais de US$ 2,5 mil (R$ 13 mil). A delegação deve ter entre 30 e 40 membros.

Base mais longe

A Alemanha escolheu o resort Zulal, que se apresenta como o maior centro de bem-estar do Oriente Médio. É propriedade da família real do Catar e a “suíte real” custa em torno de US$ 10 mil (R$ 52 mil) por noite. A hospedagem será a mais distante de Doha, a 100 quilômetros da cidade, mas os tetracampeões terão a vantagem de ficar “em uma bolha” isolada das multidões, destaca a diretora do resort, Daniele Vasatolo.

Inglaterra terá até praia

Existe plano de privatizar parte da praia vizinha ao hotel Souq Al Wakra, onde os ingleses ficarão.

Alguns torcedores reservaram hotéis a US$ 2 mil (R$ 10,4 mil) a diária. Outros procuram alternativas mais baratas, como bangalôs ou barracas de acampamento no deserto. A organização do Catar informou que não vai permitir a entrada de torcedores sem reservas de hotel.