Roer as unhas dos pés pode causar infecções, herpes e bruxismo
Durante uma conversa distraída na área externa da casa no BBB 23, a advogada Paula e a intensivista Amanda trocavam informações e debatiam sobre quem poderiam votar no próximo paredão, quando a formada em direito, puxou o pé para perto da boca e arrancou uma unha. Apesar de ser um hábito que milhares de pessoas tem, e que podem inclusive ser um vício, a pratica pode fazer mal à saúde como um todo.
Isso ocorre porque as unhas — das mãos ou dos pés — dependendo de cada higienização, carregam milhares de fungos, bactérias e vírus que se levados a boca podem ser transportados para dentro do organismo, causando desde uma infecção no sistema digestório e crises de diarreia a doenças como herpes, sapinho e faringite.
Uma das bactérias encontradas debaixo das unhas, por exemplo, é a famosa E. coli, encontrada também em alimentos, como verduras, não higienizadas corretamente que causam diarreias, e a também já conhecida salmonela.
Além disso, o hábito pode provocar feridas nos cantos dos dedos, lesões, resultando em inchaços, pus, sangramento, vermelhidão, e que podem evoluir para fissuras, deslocamento da unha ou até mesmo uma infecção nos ossos. As unhas dos dedos dos pés, como são maiores e mais grossas, se ingeridas, podem causar irritação e infecção intestinal.
Outros riscos com a pratica levam a uma deformação nos dentes ou desgaste prematuro, além de poder mudar a formação e posição dentária, afetando a mordida.
Má-oclusão (fechamento correto entre os dentes superiores e inferiores), bruxismo, alterações na mandíbula e lesão nas gengivas, também estão entre as ameaças. Outro problema relacionado ao intestino é o aumento da produção do suco gástrico, o que levaria a episódios e crises de refluxos.
Causas e tratamento
Segundo especialistas, o ato de roer as unhas é uma manifestação comum de ansiedade, o que os participantes do BBB 23 mais devem ter dentro da casa, ainda mais nas vésperas de uma prova ou de uma eliminação. O que torna o ato mais “normal” para eles. A pratica também pode estar relacionada a doenças da mesma família do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).
Para estes casos especialmente é necessário consultar um especialista que dará um diagnóstico e tratamento certo para cada tipo de ansiedade ou transtorno. A terapia cognitiva, por exemplo, aliada a exercícios que garantem o relaxamento como ioga e meditação, são bons aliados para descobrir a raiz do problema e tratá-lo da forma correta.
Os médicos também orientam que, principalmente para as pessoas que roem as unhas, estar com elas cortadas bem curtas, podem inibir o hábito, bem como usar esmaltes com gosto amargo ou até mesmo fazer trabalhos manuais artísticos que estimulem à criatividade e mantém o cérebro com atenção em outras coisas, o que também diminui a ansiedade. Mascar chiclete sem açúcar pode dificultar o ato de roer as unhas e cutículas e ser uma alternativa.