Quase 4,5 mil voos são cancelados no mundo por avanço da variante ômicron
As companhias aéreas cancelaram entre sexta-feira (24) e sábado (25) quase 4.500 voos em todo mundo e milhares de viagens sofreram atrasos devido à expansão da variante ômicron da Covid-19, informou o site Flightaware, que rastreia voos.
De acordo com o Flightaware, ao menos 2 mil voos foram cancelados no dia de Natal, incluindo 700 com origem ou destino aos Estados Unidos, e quase 1.500 sofreram atrasos, segundo um balanço até 7H20 GMT (4H20 de Brasília).
Na sexta-feira foram registrados quase 2.400 cancelamentos e 11 mil atrasos. Muitas companhias aéreas ouvidas pela AFP mencionaram como causa a nova onda da pandemia, que afeta, em especial, as tripulações.
De acordo com o Flightaware, a United Airlines teve que cancelar 200 voos na sexta e no sábado, o correspondente a 10% dos trechos programados. “O pico de casos de ômicron em todo país esta semana teve um impacto direto nas nossas tripulações e nas pessoas que dirigem nossas operações”, afirmou a empresa, em um comunicado.
A Delta Air Lines cancelou 260 voos, de acordo com a Flightaware, por causa da ômicron e, em menor medida, devido a condições climáticas adversas.
“As equipes da Delta esgotaram todas as opções e recursos” antes de chegar a esses cancelamentos, ressaltou a companhia aérea. Mais de dez voos da Alaska Airlines foram cancelados, depois que alguns de seus funcionários relataram terem sido “potencialmente expostos ao vírus” e tiveram de se isolar.
Os cancelamentos afetam os planos de viagens nas festas de fim de ano, depois que o Natal de 2020 foi muito prejudicado pela pandemia. As companhias aéreas chinesas também foram muito afetadas. A China Eastern cancelou 480 voos, quase 20% das viagens programadas, enquanto a Air China cancelou 15% dos voos.
Segundo estimativas da AAA (Associação Automobilística Americana), mais de 109 milhões de norte-americanos devem deixar sua área de residência de avião, trem ou carro, entre 23 de dezembro e 2 de janeiro, um aumento de 34% em relação ao ano passado. A maioria dos voos foi programada antes do surto de ômicron, variante que está se espalhando em grande velocidade e é mais contagiosa do que as anteriores.