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Novo golpe do chupa-cabra requer mais cuidado no caixa eletrônico

Novo golpe do chupa-cabra requer mais cuidado no caixa eletrônico

Esse golpe não é tão novo, mas é uma nova versão do que consistia em copiar dados com informações do cartão travado em caixas eletrônicos. O novo golpe consiste em instalar um “chupa-cabra” no caixa eletrônico, um dispositivo encaixado em cima do espaço de inserção do cartão, de forma que o cliente não consiga retirá-lo da máquina.

Com problemas, o cliente vai procurar ajuda. Como parte do esquema, os criminosos já colaram no caixa de autoatendimento um adesivo com um falso número da central de atendimento ao cliente. Golpistas, se fazendo passar também por cliente no caixa ao lado, mostram à vítima o número do telefone nesse adesivo. Ao ligar, integrantes da quadrilha pedem dados, incluindo a senha, do cartão e garantem ter cancelado o cartão.

Em posse dessas informações e com o cartão em mãos, os bandidos compram ou transferem para contas de terceiros tudo que conseguirem. No caso da função crédito, se habilitada, até compras pela internet podem ser feitas, mesmo sem senhas.

Para se proteger, desconfie sempre que uma transação em um caixa eletrônico de autoatendimento der erro, principalmente se o cartão ficar travado na máquina. Se alguém oferecer ajuda já é mais sinal de alerta. Caso precise de assistência, certifique-se sobre o número de telefone do banco, pelo próprio celular, por exemplo. Em caso de algo suspeito, ligue para a polícia pelo 190.

Uma outra dica, às vezes nem tão prática, é usar o caixa eletrônico do banco sempre no horário de funcionamento do estabelecimento, normalmente das 10h às 16h. Esses golpes são, geralmente, à noite e nos finais de semana ou a noite.

Pix errado

Em outra frente, golpistas tem usado o Pix, ferramenta de pagamento instantâneo que caiu no gosto dos brasileiros, para a prática de crimes. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) alerta que uma das ações utilizadas pelos bandidos no momento é o golpe do Pix errado, que usa o MED (Mecanismo Especial de Devolução) do Banco Central, criado para facilitar as devoluções no caso de fraudes e golpes.

Entenda abaixo o passo a passo do golpe:

– 1) Por meio de cadastros preenchidos em internet ou ainda em pesquisas em redes sociais, o bandido descobre o número do telefone celular da vítima (que muitas vezes é cadastrado como chave Pix);

– 2) De posse da chave Pix com número de celular, envia uma transferência;

– 3) Em seguida, liga ou manda mensagem para a vítima dizendo que fez um Pix errado e pede o estorno. Para isso, usa técnicas de convencimento para que a pessoa mande o dinheiro de volta;

– 4) A vítima, de boa-fé, aceita devolver o dinheiro. Só que ao invés de dar a chave Pix da transferência original, o golpista fornece uma chave Pix de uma terceira conta;

– 5) Neste momento, o bandido aciona o MED (Mecanismo Especial de Devolução);

– 6) Por meio deste mecanismo, os bancos envolvidos irão analisar a transação. Como o Pix devolvido foi feito para uma terceira conta, diferente da conta original da transferência, as instituições entendem que esta ação é típica de golpe e, daí, podem fazer a retirada do dinheiro do saldo da conta da pessoa enganada;

– 7) Se tiver êxito, além de receber o dinheiro devolvido espontaneamente, o bandido também recebe o valor pelo MED e a vítima fica no prejuízo.

Conta original

Saiba como não cair neste golpe: A Febraban alerta que ao receber um pedido de estorno de Pix por qualquer motivo, o cliente sempre deve fazer a transação para a conta original que o Pix foi feito. “Para isso, o cliente deve entrar em seu aplicativo bancário e dentro das funcionalidades do Pix, utilizar a opção de devolução da transação recebida, que automaticamente envia o valor para a conta de origem. Nunca, em hipótese alguma, faça um estorno para uma terceira conta. Se tiver qualquer dúvida, ligue para seu banco”, afirma José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

Para devolver um Pix errado: – Entre na área Pix do banco; – Vá em Extratos, clique em “Devolver”; – Desta forma, o dinheiro será devolvido diretamente para quem originalmente mandou o Pix; – Sempre faça a operação de devolução dentro da ferramenta do aplicativo. Nunca faça o estorno para uma chave Pix nova.

A Federação também recomenda que os clientes tomem muito cuidado com a exposição de dados pessoais em redes sociais, com e-mails de supostas promoções que tenham cadastros e com mensagens recebidas em aplicativos de mensagens. As informações são do jornal Extra e da Febraban.