Mourão diz que atos em Brasília não podem ser considerados “terrorismo” e que o governo age de forma “amadora, desumana e ilegal”
“Não se pode banalizar as coisas. Ato terrorista é aquele praticado por xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia ou religião. Nenhuma delas foi a força motriz que motivou os acontecimentos de Brasília”, afirmou o general gaúcho nas redes sociais, na terça-feira (10).
“O atual governo desconsidera a Lei Nr 13260, Art 2º, §2º, que diz: ‘O disposto neste artigo não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, (…) direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades constitucionais, sem prejuízo da tipificação penal contida em lei’. Podemos, sim, considerar VANDALISMO, agora, terrorismo é mais uma vez rasgar a legislação do nosso País”, escreveu Mourão.
Ele também disse que o governo federal “age de forma amadora, desumana e ilegal”. “A detenção indiscriminada de mais de 1.200 pessoas, que hoje estão confinadas em condições precárias nas instalações da Polícia Federal em Brasília, mostra que o novo governo, coerente com suas raízes marxistas-leninistas, age de forma amadora, desumana e ilegal”, afirmou o senador eleito.
Mourão ainda disse que “o Brasil e as pessoas detidas esperam ações rápidas dos nossos parlamentares em mandato e das verdadeiras entidades ligadas aos direitos humanos”.No domingo, após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, o ex-vice-presidente condenou os atos e disse que “vandalismo e depredação não se coadunam com os valores da direita”.