Intenção de consumo em agosto foi maior entre as famílias brasileiras de renda alta
Segundo dados da CNC, o indicador mantém tendência de alta desde janeiro deste ano. No entanto, a intenção de consumo permanece na zona de insatisfação, abaixo do patamar de 100 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.
O único componente com retração foi o que avalia a Perspectiva Profissional, com queda de 0,3%, para 100,8 pontos. Os demais componentes do ICF registraram expansão no período: Emprego Atual (alta de 0,9%, para 110,1 pontos), Renda Atual (alta de 1,9%, para 96,2 pontos), Acesso ao Crédito (alta de 1,3%, para 83,3 pontos), Nível de Consumo Atual (alta de 2,8%, para 65,1 pontos), Perspectiva de Consumo (alta de 0,8%, para 78,0 pontos) e Momento para Compra de Bens Duráveis (alta de 1,2%, para 41,4 pontos).
“O resultado foi fortemente baseado no consumo das famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos. Para esse grupo, a intenção de compras subiu 3,3%; para o grupo de menor renda, o ICF apresentou variação de 0,4%, o que indica estabilidade”, explicou a CNC, em nota.
As famílias mais ricas se mostraram mais satisfeitas com o acesso ao crédito em agosto, com alta de 4,3% nesse quesito em relação a julho, para um patamar de 100,5 pontos. Entre as famílias de renda mais baixa, a avaliação sobre o acesso ao crédito subiu apenas 0,4%, para 80,0 pontos.
“Apesar do aumento do auxílio para as famílias de menor renda, esses consumidores estão cautelosos, principalmente pela inflação em nível ainda elevado, alto endividamento e custo do crédito crescente”, justificou a economista Catarina Carneiro, responsável pela pesquisa da CNC em nota.