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Horta garante trabalho, melhor alimentação e remição de pena para presos

Horta garante trabalho, melhor alimentação e remição de pena para presos

Ronaldo Vicente se alegra em falar do seu trabalho na horta do Centro de Detenção Provisória de Tangará da Serra (a 239 km a médio-norte de Cuiabá). Há quase um ano ele e outros reeducandos cuidam das hortaliças, carpem, aram e colhem os alimentos fresquinhos. Além do trabalho, o cultivo na horta também serve para remição da pena.

O direito à remição de suas penas está previsto na Lei de Execucoes Penais (Lei nº 7.210/84). A cada três dias de trabalho, o preso tem o benefício de um dia a menos em sua pena. A unidade também oferece vagas para trabalho extramuros para 20 reeducandos em parceria com Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Prefeitura.

“Aqui na horta não tem tempo para ficar parado e pensando nas coisas. O trabalho na terra é muito bom – para gente não ficar só lá dentro preso sem fazer nada. Tenho muita satisfação de poder semear, cuidar e ver essas verduras dando bons frutos”, comentou o reeducando que ainda precisa cumprir 6 anos de condenação. Dentro da unidade ainda há reeducandos que trabalham na marcenaria, na serralheria e nas obras de expansão que contará com uma sala de visita, quadra poliesportiva e salas de aulas.

Para a juíza Helícia Vitti Lourenço, o trabalho que visa a ressocialização é sempre bem-vindo. “Nossas Inspeções também incentivam ações de ressocialização como o trabalho dentro e fora desses muros. As boas praticas devem ser compartilhadas e alcançar mais reeducandos e unidades prisionais no Estado”, ponderou.

O diretor da unidade prisional, Roberto Siqueira, explicou que o objetivo desses projetos é dar ferramentas para a ressocialização. “No passado havia aquela ideia errônea de que quanto mais presos amontoados melhor, mas felizmente nós superamos esse pensamento absurdo. Nosso objetivo é ressocializar essas pessoas, pois um dia elas irão voltar ao convívio social e nesse momento é importante que eles tenham condições para isso”, explicou Roberto Siqueira.

Fonte: Tribunal de Justiça do Mato Grosso