Concurso para professores(as) e pedagogos(as): governo publica edital com 1.256 vagas
Após 10 anos de espera – e de luta da categoria -, foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (23) edital para a realização de concurso público da rede estadual de educação do Paraná.
Mas, como adiantamos na última semana, são apenas 1.256 vagas: 1.109 para professores(as) e 147 para pedagogos(as). O número é muito inferior à demanda da rede, que hoje possui mais de 20 mil contratos emergenciais.
>> Acesse aqui a íntegra do edital
Quando e como
O período de inscrições vai das 10h do dia 10/04 às 23h do dia 09/05 e a taxa é de R$ 100 para uma inscrição e R$ 160 para duas.
O certame contará com provas objetiva e discursiva – a serem aplicadas no dia 18/06 – prova prática com apresentação de plano de aula e envio de uma aula em vídeo – nos moldes do último edital PSS – prova de títulos e avaliação médica.
Não há, no cronograma, a previsão de divulgação dos resultados.
A remuneração é de R$ 1.951,66 para 20h, acrescida de R$ 421,27 de Auxílio-Transporte. O valor equivale ao salário de ingresso dos(as) atuais efetivos(as) do quadro e está defasado frente ao novo Piso do Magistério, cuja aplicação está em debate na mesa negociação entre APP e Seed, no escopo da Campanha Salarial do Sindicato.
Embora o edital não mencione a GTE, de R$ 800 para 40h, a Seed confirmou em contato com a APP que a gratificação estará no salário inicial dos(as) novos(as) concursados(as).
A Secretaria de Assuntos Jurídicos da APP e o conjunto da direção estadual já estão estudando o edital e uma análise mais detalhada será divulgada tão logo quanto possível.
Número de vagas é insuficiente
O Estado argumenta que há dispositivos legais que permitem chamar mais classificados(as) à medida que efetivos(as) se aposentarem. Mas cabe ressaltar o quão baixo é o número de vagas: o último concurso para professores(as) do quadro foi realizado em 2013, ofertando 10 mil vagas e registrando cerca de 100 mil inscritos.
Desde então, governos tentaram suprir a crescente falta de profissionais com PSS, procedimento criticado reiteradas vezes pela APP-Sindicato por não resolver a carência crônica da rede, pela precariedade dos contratos emergenciais e também pela crescente complexidade dos processos seletivos.
A realização de concursos públicos para suprir todas as vagas disponíveis é uma das prioridades da Jornada de Lutas do Sindicato, que também defende a revogação da terceirização dos(as) funcionários(as) de escola e o restabelecimento das carreiras por meio de novos concursos.
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