BAIANOS QUE TOCAM TAMBOR SALVARAM DA MORTE UM DOS MAIORES LIDERES NO RIO GRANDE DO SUL
Ainda tem o tenente-coronel Daniel Gomes de Freitas, que é de Salvador, que lutou na Revolução Farroupilha e foi um dos signatários do tratado de paz ele foi um dos protetores de Bento Gonçalves, quanto este estava preso na Ilha de Itaparica.
Tem também o tenente-coronel Francisco José da Rocha, baiano que comandou o 2º Batalhão de Caçadores da 1ª Linha da República Rio Grandense na guerra dos farrapos.
Foi um militar nascido na Bahia, Domingos Alves Branco Muniz Barreto (1748-1831), o primeiro a incentivar a exploração do charque (“as carnes salgadas que devem ser exportadas a este reino em lugar das que vem da Irlanda”) na região de Pelotas, destinada a Portugal pelo Tratado de Santo Ildefonso (1777).
No século 19, outros militares deixaram sua marca na história local, como o marechal Deodoro da Fonseca (de Alagoas), o almirante Custódio José de Mello (da Bahia) e o capitão Tupy Caldas (do Maranhão), a quem muitas vezes é erroneamente atribuída origem gaúcha.
E por fim, temos João Rebelo de Matos, Bento José Roiz, José Pinto Ribeiro, João Francisco Régis, todos militares transferidos da Bahia e envolvidos na Sabinada e que se rebelaram na Fortaleza da Barra do Sul, na Ilha de Santa Catarina, entregando a fortaleza aos Farrapos e se juntando ao movimento, em 1839.
No lado da cultura temos algumas coisas que pode citar:
A primeira edição crítica da coletânea Contos Gauchescos e Lendas do Sul, de Simões Lopes Neto (1865-1916), em 1949, não foi organizada por nenhum pesquisador gaúcho, mas pelo alagoano Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1910-1989).
A Bahia está estritamente ligada à guerra dos farrapos lutando ao lado dos gaúchos
Outro exemplo é o de Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002), um dos fundadores do movimento conhecido como tradicionalismo gaúcho, que, nos anos 1950, em São Paulo, produziu canções e programas regionalistas de TV em parceria com nordestinos e compôs um xote gravado por Luiz Gonzaga (1912-1989).