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BAIANOS QUE TOCAM TAMBOR SALVARAM DA MORTE UM DOS MAIORES LIDERES NO RIO GRANDE DO SUL

BAIANOS QUE TOCAM TAMBOR SALVARAM DA MORTE UM DOS MAIORES LIDERES NO RIO GRANDE DO SUL
Bento  Gonçalves foi um dos mentores da Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, um movimento que sacudiu o Sul do país durante o período em que o Brasil era governado por regentes ( 1.830/1845 ), até que o herdeiro do trono, Dom Pedro 2º completasse maior idade.
Neste momento  em que um tresloucado vereador gaúcho  disse que , “os baianos só sabem tocar tambor e viver na praia” importante recorrer à história, onde  mostra que exatamente  os baianos salvaram  da morte o grande líder da Revolução, Farroupilha, Bento Gonçalves.
Sobre Bento Gonçalves: Em 15 de março de 1837, Bento Gonçalves tentou escapar da prisão, no Rio de Janeiro, junto de outros companheiros. Porém Pedro Boticário não conseguiu passar por uma janela, por ser muito gordo, e, em solidariedade, Bento Gonçalves desistiu da fuga, na qual escaparam Onofre Pires e o coronel Corte Real. Depois desta tentativa de fuga, foi transferido para a Bahia, onde chegou em 26 de agosto de 1837, ficando preso no Forte do Mar. Conseguiu, com auxílio da maçonaria, evadir-se da prisão baiana em 10 de setembro de 1837, poucos dias antes do início da Sabinada. Permaneceu algum tempo, clandestino, em Itaparica e Salvador, onde teve contato com membros do movimento.

Ainda tem o tenente-coronel Daniel Gomes de Freitas, que é de Salvador, que lutou na Revolução Farroupilha e foi um dos signatários do tratado de paz ele foi um dos protetores de Bento Gonçalves, quanto este estava preso na Ilha de Itaparica.
Tem também o tenente-coronel Francisco José da Rocha, baiano que comandou o 2º Batalhão de Caçadores da 1ª Linha da República Rio Grandense na guerra dos farrapos.
Foi um militar nascido na Bahia, Domingos Alves Branco Muniz Barreto (1748-1831), o primeiro a incentivar a exploração do charque (“as carnes salgadas que devem ser exportadas a este reino em lugar das que vem da Irlanda”) na região de Pelotas, destinada a Portugal pelo Tratado de Santo Ildefonso (1777).

No século 19, outros militares deixaram sua marca na história local, como o marechal Deodoro da Fonseca (de Alagoas), o almirante Custódio José de Mello (da Bahia) e o capitão Tupy Caldas (do Maranhão), a quem muitas vezes é erroneamente atribuída origem gaúcha.
E por fim, temos João Rebelo de Matos, Bento José Roiz, José Pinto Ribeiro, João Francisco Régis, todos militares transferidos da Bahia e envolvidos na Sabinada e que se rebelaram na Fortaleza da Barra do Sul, na Ilha de Santa Catarina, entregando a fortaleza aos Farrapos e se juntando ao movimento, em 1839.
No lado da cultura temos algumas coisas que pode citar:
A primeira edição crítica da coletânea Contos Gauchescos e Lendas do Sul, de Simões Lopes Neto (1865-1916), em 1949, não foi organizada por nenhum pesquisador gaúcho, mas pelo alagoano Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1910-1989).
A Bahia está estritamente ligada à guerra dos farrapos lutando ao lado dos gaúchos
Outro exemplo é o de Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002), um dos fundadores do movimento conhecido como tradicionalismo gaúcho, que, nos anos 1950, em São Paulo, produziu canções e programas regionalistas de TV em parceria com nordestinos e compôs um xote gravado por Luiz Gonzaga (1912-1989).