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As doenças transmitidas por animais de estimação e 7 dicas para se proteger

As doenças transmitidas por animais de estimação e 7 dicas para se proteger

É inegável que os animais de estimação viraram parte integrante de muitas famílias e ganham cada vez mais espaço (e carinho) de seus parceiros humanos.

A prova disso vem das estatísticas: segundo o último censo do Instituto Pet Brasil, o país tem hoje 149,6 milhões de animais de estimação — o terceiro maior número em todo o planeta. Assim, sete em cada dez brasileiros são tutores de algum bichinho ou ao menos conhecem alguém que tenha um.

Esse número vem subindo pouco a pouco, mas deu um salto com a pandemia de covid-19: 30% dos pets foram adotados nos últimos dois anos, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal.

A convivência com os animais é benéfica à saúde e traz bem-estar. Mas é preciso tomar alguns cuidados para que essa proximidade toda não prejudique a saúde: os animais podem transmitir uma série de doenças, algumas delas potencialmente graves e fatais, como a raiva e a toxoplasmose.

Com algumas medidas básicas, é possível diminuir significativamente o risco de ter qualquer contato com vírus, bactérias e outros patógenos que causam as tais zoonoses, como você confere a seguir.

1. Fazer consultas periódicas: Mesmo se o bichinho estiver bem, ele precisa passar necessariamente por uma avaliação veterinária pelo menos uma vez ao ano. Durante essa consulta, o profissional da saúde vai realizar alguns exames básicos e fazer perguntas sobre a saúde do animal.

Essa também é uma excelente oportunidade para realizar dois cuidados fundamentais para a saúde do pet. O primeiro deles é atualizar a carteirinha de vacinação. O segundo cuidado de rotina nas consultas anuais é a vermifugação. Esse remédio permite eliminar parasitas do organismo deles.

2. Ter cuidado redobrado com a higiene: Falando em limpeza, outro ponto primordial é a manutenção de potes de ração, bebedouros e locais onde o bichinho faz xixi e cocô. Além dos vermes, esses locais podem ser fontes de contaminação por bactérias.

Uma das mais preocupantes, especialmente quando falamos em gatos, é a Toxoplasma gondii, que provoca uma doença conhecida como toxoplasmose. Em alguns casos, a toxoplasmose pode ser bem grave. Ela é particularmente preocupante nas gestantes, pois pode causar aborto espontâneo ou malformação do feto.

Para evitar esse risco, o recomendado pelos especialistas é fazer um exame de fezes que avalia a presença da Toxoplasma gondii nos gatos. O teste é ainda mais indicado em filhotes, que costumam carregar essa bactéria com mais frequência.

3. Organizar o ambiente: O local em que os objetos dos animais de estimação são mantidos é outro ponto sensível para evitar a contaminação com bactérias e outros patógenos causadores de infecções. A caixa de areia dos gatos ou o tapete higiênico do cachorro, por exemplo, devem ser mantidos o mais longe possível da cozinha e da despensa.

Já os bichos que fazem xixi e cocô em qualquer lugar podem passar por treinos de adestramento.

Os dejetos devem ser recolhidos sempre que possível — e a área suja precisa ser limpa e desinfetada com água sanitária ou outros agentes bactericidas.

4. Dar uma atenção extra aos quintais: Ainda no quesito organização, os ambientes externos das casas são sempre um ponto de cuidado. Os passos básicos incluem a instalação de telas em ralos ou saídas de tubulações, guardar a ração dos pets em locais seguros e de difícil acesso, não acumular lixos e entulhos e fazer limpezas periódicas.

5. Tomar cuidado com os novatos: Se você já tem um ou mais pets e decide adotar outro, esse primeiro contato entre eles precisa ser feito com muita cautela. Afinal, o novo bichinho pode estar com alguma doença infecciosa e transmiti-la aos demais.

Nesse período inicial de afastamento, o tutor deve se certificar que o pet passou por uma avaliação veterinária, fez alguns exames, está com a carteira de vacinação em dia e usou vermífugo.

Essa janela de isolamento também é valiosa para observar qualquer sintoma suspeito no comportamento, no corpo, na rotina de alimentação, no sono ou no xixi e no cocô do novato.

6. Evitar algumas brincadeiras: Uma cartilha do CDC americano sugere que tutores não acostumem o animal com certas brincadeiras — principalmente “lutinhas” ou movimentos que estimulem mordidas ou arranhões. E esses machucados viram uma porta de entrada para diversos agentes infecciosos que estão presentes nas patas ou na boca dos pets.

A sugestão dos especialistas, portanto, é sempre usar um objeto como intermediário das brincadeiras.

7. Fazer a castração: Esse procedimento é simples, seguro e evita que o animal gere filhotes inesperados. Outro benefício da castração: algumas espécies, como os gatos, participam de brigas durante a época reprodutiva por instinto. Esses confrontos são marcados por mordidas e arranhões. E, como você já deve ter entendido, esses machucados são fontes de transmissão de vírus, bactérias, fungos e outros agentes.

Com o bicho castrado, esse comportamento é inibido — o que representa uma proteção indireta contra as tais zoonoses.