Antes de ser preso, médico suspeito de abusar sexualmente de pacientes ‘militava’ sobre sexualização de mamas e autoestima feminina
Nas redes, Felipe Sá faz conteúdos sobre saúde da mulher. Polícia disse que suspeito era investigado por violação sexual, importunação sexual e estupro de vulnerável. Defesa afirmou que não vai se manifestar. Felipe Sá é preso em Maringá
Reprodução/RPC
O médico ginecologista e obstetra Felipe Sá, preso temporariamente na quinta-feira (15) por suspeita de abuso sexual de pacientes, produz conteúdo nas redes sociais sobre empoderamento feminino e valorização da autoestima das mulheres.
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Em um dos conteúdos publicados recentemente, ele “militou” sobre o combate à sexualização das mamas.
No site do médico, ele diz que trabalha para a “construção de uma assistência materno-infantil mais humana, segura e mais saudável”.
Médico suspeito de estupro e outros crimes sexuais é produtor de conteúdo sobre valorização feminina nas redes
Redes sociais
Felipe Sá foi preso após uma investigação realizada pela Polícia Civil desde janeiro deste ano. Ele é suspeito de cometer crimes de violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável. De acordo com a polícia, os crimes foram cometidos dentro do consultório particular onde ele atende. Entenda mais abaixo.
A defesa do suspeito disse que não vai se manifestar sobre o caso.
Quem é Felipe Sá
Nas redes sociais, o médico também diz ser hipnólogo. Segundo a polícia, em um dos casos investigados, ele usou a técnica para cometer um crime.
Felipe Sá mora em Maringá, no norte do Paraná, e tem 40 anos. Atualmente, o homem trabalha em uma clínica particular na cidade na área de cuidados com a saúde íntima de mulheres.
O médico concorreu ao cargo de deputado federal pelo partido Novo em 2022.
Conforme apuração do g1, Sá é formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e se especializou na área da ginecologia e obstetrícia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Além disso, é mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universitário da Universidade de São Paulo (USP).
Na educação, Sá foi professor em duas faculdades de medicina em Maringá.
O médico é casado e pai de um casal de filhos.
Violência contra mulher: Veja os canais de denúncia disponíveis no Paraná
Prisão
Sá foi preso temporariamente na tarde desta quinta-feira (15). A prisão do homem é válida por 30 dias e poderá ser prorrogada, segundo a polícia.
De acordo com a polícia, os crimes pelos quais ele é investigado foram cometidos dentro do consultório particular onde ele atende, em Maringá.
Ao menos três mulheres procuraram a polícia para denunciar o médico. Conforme a corporação, outras vítimas foram identificadas e serão ouvidas.
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Segundo Dimitri Tostes Monteiro, delegado responsável pelo caso, uma das vítimas foi abusada por Sá enquanto estava sob efeito de hipnose.
“Em uma das vítimas ele utilizou a hipnologia para tentar reduzir a capacidade de compreensão dela acerca daquele ato. Durante esse contexto, ele pediu para que ela se masturbasse e fizesse toques sexuais, visando obter prazer próprio”, relatou o delegado.
Policial se passou por paciente
Ginecologista é preso suspeito de abusar sexualmente de pacientes em Maringá
Reprodução/RPC
Para a prisão, uma policial que está grávida se passou por paciente e marcou uma consulta com o suspeito. A estratégia foi usada para ter a certeza de que o médico estava no consultório.
Com a confirmação, de dentro do local a policial deu sinal verde para o início da operação.
No consultório, os policiais apreenderam dois computadores, um HD e o celular de Sá. O apartamento onde ele mora também foi alvo de buscas.
Médico criava ‘ambiente de segurança’, diz delegado
De acordo com o delegado, o médico tentava desenvolver a confiança das pacientes para, em seguida, praticar os crimes.
“Ele criava um ambiente de segurança antes. Ele até abordava o tema de empoderamento feminino, papel da mulher na sociedade para cativá-las, criar confiança para, durante o exame, praticar supostamente esses atos, esses abusos sexuais”, explica Monteiro.
Segundo a polícia, as vítimas que realizaram a denúncia não se conheciam e já eram pacientes do médico antes dos abusos.
“Uma vítima era para exame ginecológico e outras duas exame pós-parto, já tinham ganhado bebê com esse médico, já tinham todo esse ambiente de confiança e depois retornaram lá e foram submetidas a essas práticas, em tese, criminosa”, afirma o delegado.
O médico ginecologista e obstetra Felipe Sá, preso temporariamente na quinta-feira (15) por suspeita de abuso sexual de pacientes, produz conteúdo nas redes sociais sobre empoderamento feminino e valorização da autoestima das mulheres.
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Em um dos conteúdos publicados recentemente, ele “militou” sobre o combate à sexualização das mamas.
No site do médico, ele diz que trabalha para a “construção de uma assistência materno-infantil mais humana, segura e mais saudável”.
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Redes sociais
Felipe Sá foi preso após uma investigação realizada pela Polícia Civil desde janeiro deste ano. Ele é suspeito de cometer crimes de violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável. De acordo com a polícia, os crimes foram cometidos dentro do consultório particular onde ele atende. Entenda mais abaixo.
A defesa do suspeito disse que não vai se manifestar sobre o caso.
Quem é Felipe Sá
Nas redes sociais, o médico também diz ser hipnólogo. Segundo a polícia, em um dos casos investigados, ele usou a técnica para cometer um crime.
Felipe Sá mora em Maringá, no norte do Paraná, e tem 40 anos. Atualmente, o homem trabalha em uma clínica particular na cidade na área de cuidados com a saúde íntima de mulheres.
O médico concorreu ao cargo de deputado federal pelo partido Novo em 2022.
Conforme apuração do g1, Sá é formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e se especializou na área da ginecologia e obstetrícia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Além disso, é mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universitário da Universidade de São Paulo (USP).
Na educação, Sá foi professor em duas faculdades de medicina em Maringá.
O médico é casado e pai de um casal de filhos.
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Prisão
Sá foi preso temporariamente na tarde desta quinta-feira (15). A prisão do homem é válida por 30 dias e poderá ser prorrogada, segundo a polícia.
De acordo com a polícia, os crimes pelos quais ele é investigado foram cometidos dentro do consultório particular onde ele atende, em Maringá.
Ao menos três mulheres procuraram a polícia para denunciar o médico. Conforme a corporação, outras vítimas foram identificadas e serão ouvidas.
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Segundo Dimitri Tostes Monteiro, delegado responsável pelo caso, uma das vítimas foi abusada por Sá enquanto estava sob efeito de hipnose.
“Em uma das vítimas ele utilizou a hipnologia para tentar reduzir a capacidade de compreensão dela acerca daquele ato. Durante esse contexto, ele pediu para que ela se masturbasse e fizesse toques sexuais, visando obter prazer próprio”, relatou o delegado.
Policial se passou por paciente
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Reprodução/RPC
Para a prisão, uma policial que está grávida se passou por paciente e marcou uma consulta com o suspeito. A estratégia foi usada para ter a certeza de que o médico estava no consultório.
Com a confirmação, de dentro do local a policial deu sinal verde para o início da operação.
No consultório, os policiais apreenderam dois computadores, um HD e o celular de Sá. O apartamento onde ele mora também foi alvo de buscas.
Médico criava ‘ambiente de segurança’, diz delegado
De acordo com o delegado, o médico tentava desenvolver a confiança das pacientes para, em seguida, praticar os crimes.
“Ele criava um ambiente de segurança antes. Ele até abordava o tema de empoderamento feminino, papel da mulher na sociedade para cativá-las, criar confiança para, durante o exame, praticar supostamente esses atos, esses abusos sexuais”, explica Monteiro.
Segundo a polícia, as vítimas que realizaram a denúncia não se conheciam e já eram pacientes do médico antes dos abusos.
“Uma vítima era para exame ginecológico e outras duas exame pós-parto, já tinham ganhado bebê com esse médico, já tinham todo esse ambiente de confiança e depois retornaram lá e foram submetidas a essas práticas, em tese, criminosa”, afirma o delegado.