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A busca de uma nova inclusão para alunos com deficiência em tempos de pandemia

A busca de uma nova inclusão para alunos com deficiência em tempos de pandemia

A inclusão escolar, de modo geral, já traz em sua trajetória inúmeros desafios, buscando sempre esse lugar de direito e igualdade no mundo. E no sistema educacional não poderia ser diferente. Tendo em vista que esse lugar dever ser o primeiro a trazer a importância da igualdade e o respeito a diversidade.

Mas, diante do atual cenário de COVI-19, o mundo e toda a humanidade se encontra em uma nova realidade. Com isso, a educação inclusiva e todo sistema de ensino e aprendizagem, intensificou ainda mais, trazendo menos acesso ao conhecimento.

É claro que essa privação e esse novo momento trouxe impacto para todos. Porém, para os alunos com deficiência isso veio com muita força e um grande “esquecimento” sobre suas especificidades e necessidades.

Lugar de visibilidade

Além de todo contexto que estamos vivendo, não se tem abordado a questão da nova exclusão dos estudantes com deficiência. Nem a mídia, nem blog, nem mesmo o sistema educacional procurou enfatizar essa nova educação inclusiva em tempos de pandemia.

Será mesmo que tínhamos um lugar ou espaços onde lutamos por igualdades, ou de fato a pandemia nos trouxe a verdade na qual acreditávamos ter e viver?

Até para descrever um pouco sobre esse assunto tivemos dificuldade, pois encontramos pouco conteúdo para pesquisa e elaboração da escrita. Portanto, não devemos reforçar essa exclusão. Devemos lutar para garantir a inclusão e integração desses indivíduos, que buscam e têm sede de conhecimento.

Sobre a rotina educacional e escolar

O estudante com deficiência, precisa, nesse momento, ter uma atenção especializada e voltada para sua especificidade. Ainda mais no que diz respeito a sua inserção nas aulas remotas ou híbrida. Pois esse aluno precisa de um tempo maior, de uma visibilidade nas questões de acessibilidade, naquilo que ele tem por direito como cidadão e estudante.

Cabendo sempre à escola ou às instituições de ensino promoverem formas de integrá-lo em uma nova modalidade dentro desse novo cenário, no qual estamos vivendo. Possibilitando ferramentas onde se possa efetivar a sua participação e qualidade nas tarefas propostas para todo corpo discente daquela unidade.

Os vínculos e sua manutenção

Para os seres humanos de um modo geral, estar em isolamento traz uma sensação de insegurançaansiedademedo do desconhecido e tudo o que se possa imaginar, quando se trata de isolamento.

Com as pessoas que possui alguma deficiência, ou melhor, alunos com deficiência não seria nem de longe diferente, muito pelo contrário, isso se intensifica ainda mais, em se tratando dessas questões de isolamento e vida privada de convívio social.

Pois essas pessoas já desde muito cedo e anterior à pandemia vivem em busca de uma convivência no mundo, e em espaços onde a acessibilidade é pouco efetiva. Sendo assim, esse é um momento onde é necessário nos mantermos ainda mais próximos desses indivíduos, para não fragilizar e esquecermos ainda mais a relação de amizade, coleguismo, profissionalismo e ajuda mútua entre a escola e o estudante.

Recursos pedagógicos e tecnológicos

Nessa nova aventura, os profissionais da educação, necessitam e devem ser ainda mais criativos e adaptados ao novo formato de ensino e aprendizagem. A cada dia continua surgindo novas exigências no que diz respeito à atuação do professor em tempos de aulas remotas, porém, dentro do que é possível e acessível para ambas as partes.

Já para a educação inclusiva essa questão continua sendo algo difícil de ser adaptada por inúmeras situações,  além de pouca visibilidade e atenção para essas pessoas, tendo em vista tanto o contexto individual como institucional.

Quando o sistema educacional tem como oferecer apoio a outra parte, muitas vezes, não tem como ter acesso. Seria o caso das ferramentas tecnológicas. Então, há muitos desencontros de vários aspectos, tornando ainda mais difícil o acesso ao aprendizado para aqueles que já vivem em condições limitadas e pouco acessíveis.

Como acolher a inclusão em tempos de aulas remotas

A inclusão não deve nunca ser entendida como algo que se faz apenas para determinado grupo. Ela deve ser entendida em um sentido mais amplo e diversificado. Vale lembrar que nós seres humanos somos únicos e temos subjetividades e exigências diferentes.

Sendo assim, necessitamos sermos incluídos e aceitos onde quer que estejamos. Partindo desse raciocínio, podemos entender, aceitar e acolhermos a diversidade em suas várias faces, inclusive naqueles adultos, jovens e crianças que possui alguma deficiência, na qual se sentem excluídos da vida em sociedade.

Em se tratando de aulas remotas todos nós — não só os professores, mas a família, a instituição, os colegas — podemos e devemos colaborar em ajudar e incluir esses alunos que precisam de uma atenção maior, para continuar na caminhada do conhecimento e da aprendizagem. E claro, com a ajuda de todos nós.

Os maiores desafios neste momento atual

Neste momento atual, existem muitas descobertas e disposições, recursos, tempos, rotinas de trabalho domésticos ou home office para uma nova adaptação e seguir com os desafios propostos nessa nova fase da educação.

Nesse contexto e papéis a desempenhar, torna-se ainda mais complicado ofertar um horário ou atenção diferenciada para os estudantes com deficiência e especificidade diferente dos demais.

Por essa e outras razões, incluir atenção extra neste momento está sendo bem difícil e inviável.

Conclusão

É preciso muita disposição e luta para vencer a desigualdade em tempos tão sombrios e desafiadores como o momento atual. Há uma crise mundial no sistema sanitário e, de modo geral, em todos os outros campos.

A saúde e a educação sofrem impactos nunca vistos na história da humanidade. Impactos que agravam ainda outros setores como a economia e outras estâncias que nos tornam impotentes e incapazes de revertermos este cenário.

Resta-nos esperar pela resposta da ciência — mesmo ela sendo atacada e pouco investida — para desenvolver a solução através da vacina e pôr um fim em tudo isso.

Até lá, todos nós seguimos na luta da igualdade, da integração e adaptação para os mais necessitados e excluídos, de vários espaços, como a educação e a tecnologia.

Fonte:psicologiaviva.com