Terremotos matam 20 e ferem mais de 200 no Paquistão
Dois terremotos consecutivos atingiram sul do Paquistão nesta quinta-feira (07). O número de mortos chegou a 20, mas as autoridades paquistanesas temem que o número aumente porque mais de 100 casas feitas de barro e terra batida desabaram. Por isso, estima-se que centenas estejam desabrigados. As vítimas eram, na maioria, mulheres e crianças (ao menos seis), informaram socorristas.
Segundo autoridades, mais de 200 pessoas ficaram feridas após os sismos, dentre elas 40 em estado grave. De acordo com o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), que monitora atividade sísmica no mundo inteiro, o primeiro terremoto teve magnitude 5,7 e epicentro a 20 km de profundidade — considerada muito próxima do nível do solo, o que amplifica a capacidade de o fenômeno causar estragos.
Em seguida, um outro tremor, com epicentro na mesma localidade, foi registrado com magnitude 4,6, mas a 10 km de profundidade: ou seja, ainda mais perto do solo e portanto ainda mais capaz de causar destruição.
Esses epicentros estavam muito perto da cidade de Quetta, na província do Baloquistão. Lá, vivem cerca de 1 milhão de habitantes, muitos deles em construções precárias. Em 1935, a mesma cidade foi atingida por um forte e devastador tremor, que matou mais de 30 mil.
A área mais atingida foi a remota cidade montanhosa de Harnai, onde a falta de estradas pavimentadas, eletricidade e cobertura móvel dificultam o resgate. Os terremotos também provocaram apagões que obrigaram as equipes de resgate a usar lanternas para tratar feridos.