Lula ficou “um pouco desolado” com o estado do Palácio da Alvorada, diz a primeira-dama Janja
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, relatou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou “um pouco desolado” ao entrar no Palácio da Alvorada – residência oficial do chefe do Executivo federal –, em Brasília.
“Ele ficou um pouco desolado. Ele morou um ano e meio com a Dona Marisa na Granja do Torto para pode fazer uma grande reforma [no Alvorada]. As obras foram restauradas, foi tudo deixado perfeito para, em menos de dez anos, estar nesse estado”, afirmou Janja.
Ela recebeu na quinta-feira (05), pela primeira vez, uma equipe de reportagem no Palácio da Alvorada e criticou o estado de conservação do local. A primeira-dama percorreu todo o palácio e disse que vai fazer um inventário de todos os móveis, utensílios e obras de arte.
“O que a gente percebe é a falta de cuidado, de manutenção. Os pés dos móveis, que são de latão, não estão polidos. Os móveis não são os originais. A gente vai tentar recuperar isso”, afirmou Janja.
“A Presidência da República tem um depósito de móveis e vamos ver o que foi para lá. Tem muitos objetos que foram transportados de um lado para o outro, daqui para o Jaburu. Então, a gente precisa localizar esses objetos”, concluiu.
O novo ministro da Secretaria Especial de Comunicação Social, Paulo Pimenta, também afirmou que Bolsonaro entregou o imóvel de ”qualquer jeito”.
“Normalmente, o inquilino que sai, até mesmo a imobiliária, o proprietário, tem que fazer vistoria para entregar, mas aqui não tem esse negócio da vistoria. Entregaram de qualquer jeito. Não tem uma imobiliária para ver que condições foram entregues”, afirmou o ministro.
Entre as peças apontadas pela primeira-dama como danificadas está a obra “Músicos”, de autoria do pintor e muralista Di Cavalcanti, encomendada por Oscar Niemeyer, arquiteto que projetou a capital federal.