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Por que a diversidade cultural é essencial para o desenvolvimento da criança?

Por que a diversidade cultural é essencial para o desenvolvimento da criança?
 O convívio com a diversidade cultural é um elemento fundamental para o desenvolvimento saudável da criança. Saiba mais sobre o assunto!

Você já deve ter ouvido falar que o Brasil é um país multicultural, não é mesmo? Isso quer dizer que conviver com a diversidade (de valores, costumes etc.) faz parte de nossa rotina. Mesmo assim, ainda é um desafio pensar na valorização dessas diferenças e, principalmente, na compreensão da nossa identidade a partir delas.

Entender que existem formas distintas de pensar, sentir, viver e agir é importante para conhecer a própria história e assumir uma postura respeitosa diante do outro. Isso precisa ser estimulado desde a infância, para que as crianças cresçam empáticas e sem preconceitos, o que contribui para garantir o seu pleno desenvolvimento.

Além de melhorar a maneira como o pequeno se relaciona com o outro, a familiaridade com as diferenças faz com que ele olhe para si mesmo com mais gentileza, uma vez que consegue compreender melhor e respeitar o seu modo de ser e o das pessoas ao seu redor.

Neste post, apresentaremos algumas informações sobre o que é diversidade cultural, como ela impacta o desenvolvimento das crianças e de que forma os pais podem promover essa conscientização dentro de casa. Ficou interessado? Continue a leitura e confira!

O que é a diversidade cultural?

A cultura é a identidade de um grupo e o que faz com que ele seja único no mundo. Como o planeta tem muitos povos com seus costumes e tradições, podemos dizer que convivemos rotineiramente com a diversidade cultural.

Existem muitos elementos que fazem parte da representação de um povo, como: religião, idioma, costumes, folclore, manifestações culturais, entre outros. Com isso, as pessoas que pertencem a um determinado grupo conseguem se identificar com essas características comuns e, a partir disso, construir as suas próprias identidades.

Além disso, uma cultura é composta do que se costuma chamar de símbolos materiais (por exemplo, museus, obras de arte, construções patrimoniais, praças etc.) e imateriais (tais como festas, danças, lendas, músicas, culinária e muito mais).

Como é a diversidade cultural no mundo globalizado?

A globalização interfere muito nas relações culturais. Isso porque as pessoas de todos os lugares do planeta se conectam economicamente e, por consequência, culturalmente. A proximidade que o mundo globalizado representa pode ser muito benéfica, pois permite que as pessoas aprendam entre si e expandam os seus horizontes de pensamento.

Os nossos meios de comunicação exercem um papel significativo na disseminação dos diferentes conhecimentos. A televisão, por exemplo, mostra, além das notícias, o entretenimento produzido em diferentes regiões e abordagens, o que possibilita conhecer mais sobre os valores intrínsecos de outros povos.

Essa dinâmica mudou ainda mais com a internet, que permite um contato mais direto com pessoas do mundo todo. Além das vantagens, a mudança também representa desafios, pois a intolerância ainda se mostra muito presente nos meios digitais, o que gera problemas como o cyberbullying.

As trocas de saberes e a convivência harmoniosa com a diversidade cultural permitem melhores relações, para uma sociedade mais desenvolvida em todos os aspectos. Assim, é preciso que todas as culturas tenham voz e sejam respeitadas dentro de seus próprios parâmetros.

Por que compreender isso é importante para as crianças?

Vivemos em um país de dimensões continentais e muita pluralidade cultural. Por isso, é importante que as crianças aprendam, desde cedo, a reconhecer saberes e costumes distintos dos seus e a respeitar essas diferenças.

Valorizar a pluralidade é fundamental para evitar que as crianças desenvolvam preconceitos. Isso acontece quando não existe espaço para que o outro se expresse, o que impede que se tenha um valioso intercâmbio cultural.

O reconhecimento e a preservação da diversidade cultural são tão importantes que mereceram a Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural, que trata especificamente desse tema e foi aprovada em 2001 pelos 185 estados-membros. Ela tem o objetivo de valorizar os saberes e garantir o respeito a todas as pessoas, independentemente de suas distinções.

Além de conhecer essas diferenças, é importante que as crianças tenham a oportunidade também de conviver com elas. Em nosso país, por exemplo, os estados e regiões têm suas tradições, que ajudam a contar a nossa história e entender melhor a identidade do povo brasileiro.

Assim, as crianças se desenvolvem com mais empatia, consciência social e responsabilidade. Estudos demonstram, também, que essa familiaridade com o diverso ajuda os jovens a desenvolverem a comunicação, a inteligência, a criatividade e a habilidade de resolução de problemas.

Da mesma forma, a inteligência emocional é beneficiada quando existe uma educação voltada para o respeito às diferenças. Isso porque a criança aprende a lidar com pontos de vista diferentes dos seus, além de ter mais facilidade para se adaptar a situações novas.

Como ensinar a diversidade cultural na escola?

A escola tem um papel muito importante na promoção e valorização da diversidade. É preciso que os estudantes tenham a oportunidade de conhecer a história e os costumes das diferentes regiões do Brasil e também de outros países.

As metodologias de ensino devem favorecer também a troca de saberes e promover a valorização das diferenças, para evitar qualquer tipo de preconceito. Estimular a curiosidade nas crianças é um ótimo caminho para isso.

A declaração de preservação à diversidade da UNESCO aborda também o uso da tecnologia como aliado na troca de informações e na preservação das diferentes culturas, pois, como vimos, ela transforma as relações globais e permite a maior conexão entre pessoas.

Dessa forma, a escola deve promover o letramento digital, para que as crianças desenvolvam as suas habilidades de usar a tecnologia como ferramenta para a comunicação e para a melhoria da sua vida prática. Nesse contexto, o ensino deve preservar o respeito e o uso responsável desses instrumentos.

A instituição também pode usar recursos artísticos para valorizar as culturas, como filmes, histórias, pinturas, músicas, entre outros. Isso amplia o repertório dos estudantes e ajuda a compreender os outros povos de maneira mais empática.

O ensino deve usar a diversidade cultural como forma de melhorar os conhecimentos dos estudantes e estimular a sua autoestima e respeito ao outro, e não para segregar. Assim, é interessante que eles aprendam a reconhecer as diferenças e as semelhanças, para que convivam bem com isso.

Como os pais podem promover a conscientização em casa?

É importante dizer que nenhuma criança nasce preconceituosa, ela aprende a ser assim. O contrário também é verdadeiro, ou seja, elas aprendem a conviver de maneira respeitosa com as diferenças, se forem estimuladas e conscientizadas desde pequenas.

Nesse sentido, os pais assumem, igualmente, uma função preponderante no processo de ensinar sobre a importância da diversidade cultural, uma vez que é no seio familiar que os pequenos aprendem a se relacionar consigo e com os outros.

Por meio do diálogo e de atitudes práticas, a família ajudar a criar o sentimento de justiça e equidade nas crianças, de modo a compreender que o fato de sermos diferentes não significa que haja grupos culturais superiores, nem inferiores.

Veja abaixo algumas dicas bem simples!

Dê o exemplo

O exemplo é a principal forma de ensinar algo a uma criança. Isso acontece porque a sua primeira maneira de aprender sobre o mundo é por meio da observação do comportamento das pessoas com quem convive.

Sendo assim, é importante que os pais, antes de qualquer outra coisa, percebam como eles mesmos lidam com as diferenças em seu cotidiano. Esse processo de autoconhecimento é fundamental para que possam descobrir eventuais preconceitos que carregam e repensar suas atitudes, de modo a oferecer as melhores lições práticas aos seus filhos.

Introduza o assunto nas conversas cotidianas

Sempre que tiver a oportunidade, ensine sobre o quanto a intolerância e o preconceito causam sofrimento em outras pessoas (e também em quem cultiva esse tipo de sentimento).

Por outro lado, vale ensinar sobre o quanto a diversidade é algo benéfico para nós humanos, ou seja, sobre o quanto o respeito e a valorização das diferenças contribuem para tornar o mundo um lugar melhor para todos. Empatia, solidariedade, cooperação e responsabilidade social devem estar sempre entre os assuntos do dia!

Ensine a respeitar a opinião dos colegas

Falando em diálogo, procure estar atento e estimular a criança a falar sobre os colegas e as vivências na escola. Se perceber que ela está tendo dificuldades para aceitar opiniões diferentes da sua, é necessário falar, com muito carinho e respeito, sobre isso.

Faça a criança compreender que as pessoas olham para a realidade a partir de diferentes perspectivas e que estar aberta para escutar com respeito essas outras opiniões não vai diminuir a sua própria percepção, ao contrário, só vai servir para ampliar o seu olhar sobre o mundo.

Estimule a integração

Quando as crianças estão brincando ou envolvidas em algum objetivo comum, elas não se detêm nas diferenças. A prioridade é a diversão ou a resolução de uma situação, algo que só é possível a partir da participação coletiva. Em vez de incentivar ações que geram competitividade, estimule a integração e a colaboração. Afinal, é muito mais legal quando todos saem vitoriosos!

Conforme vimos, a diversidade cultural deve ser aprendida desde a infância, para que as crianças cresçam sem preconceitos e tenham um bom desenvolvimento emocional. Além disso, é uma maneira de contribuir para a cultura da paz e do respeito, o que é muito importante para a vida em sociedade.