Xangai endurece confinamento por surto de coronavírus
A capital econômica da China virou nos últimos dias o epicentro de uma nova onda de contágios no país, relacionada com a variante ômicron, que começou a acelerar no início de março.
Para evitar um confinamento total, prejudicial para a economia, as autoridades municipais primeiro confinaram de maneira alternada as duas metades da cidade para realizar uma triagem geral.
A parte oeste de Xangai (Puxi) iniciou o confinamento na sexta-feira, quando o leste (Pudong) deveria suspender as restrições após quatro dias de fechamento. Neste sábado, a prefeitura anunciou finalmente a manutenção mais ou menos rigorosa das medidas em quase toda esta área de Xangai, onde ficam os emblemáticos arranha-céus do distrito de negócios.
A decisão representa um confinamento de fato da maior cidade da China, onde estão presentes várias multinacionais e que representa quase 4% do PIB do gigante asiático, segundo analistas.
Diante do aumento de casos, várias salas de exposições da metrópole foram transformadas nos últimos dias em centros de quarentena improvisados. Alguns pais afirmam temer um confinamento em caso de teste positivo. Também estão preocupados com seus filhos, dos quais poderiam ser separados, com base nas rígidas regras de isolamento.
“Minha filha não tem nem quatro meses. Se testar positivo, ela será colocada em quarentena sozinha”, declarou um morador da cidade que não revelou o nome completo.
Caso os pais testem positivo para Covid-19 e tenham que ser isolados, a cidade fornecerá “ajuda rápida” aos menores desacompanhados, afirmou Zeng Qun, alto funcionário do governo municipal, citado pela agência Xinhua neste sábado.
As crianças que forem deixadas sozinhas em casa serão atendidas por “tutores temporários” ou serão levadas para o local previsto nestes casos, acrescentou o funcionário.