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Ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson é um homem livre após o fim da sua liberdade condicional

Ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson é um homem livre após o fim da sua liberdade condicional
O.J. Simpson, o ex-jogador de futebol americano que se tornou estrela de cinema e cujo julgamento por duplo homicídio chocou e dividiu os Estados Unidos na década de 1990, é um homem completamente livre, depois de cumprir seu período de liberdade condicional, confirmou a polícia na terça-feira (14).

Simpson, agora com 74 anos, foi libertado da prisão em Nevada em 2017, onde cumpriu nove anos por assalto à mão armada em um caso envolvendo artigos esportivos históricos. A sua liberdade condicional estava programada para acabar em fevereiro.

“O Conselho de Comissários de Liberdade Condicional de Nevada conduziu uma audiência de dispensa antecipada para o Sr. Simpson”, explicou o porta-voz da polícia de Nevada, Kim Yoko Smith. “A decisão de conceder a liberdade condicional antecipada foi ratificada em 6 de dezembro de 2021. O Conselho concedeu créditos em valor igual ao tempo restante da pena para reduzir a pena em tempo cumprido”, disse ele.

A vida pública digna de novela de Simpson começou como um proeminente running back no futebol universitário, ganhando o cobiçado Troféu Heisman de melhor jogador do país, antes de concluir uma carreira estelar na NFL. Ele se tornou um sucesso de bilheteria com filmes e comerciais.

Em 1994, milhões de americanos assistiram à perseguição de Simpson no Sul da Califórnia ao vivo pela televisão. Ele estava viajando a bordo de um Bronco branco dirigido por um amigo e seguido por um comboio da polícia, em uma suposta tentativa de fugir do suposto duplo assassinato de sua ex-mulher e de um amigo dela.

Simpson foi absolvido em 1995 por um júri em Los Angeles, em um caso denunciado por muitos como um circo midiático que ficou conhecido como o “Julgamento do Século”, estrelado por advogados de alto perfil e com uma reviravolta dramática sobre se as luvas encontradas na cena do crime cabiam em suas mãos.

O veredicto foi recebido com descrença por muitos americanos, e a opinião sobre a culpa do atleta negro foi fortemente dividida em termos raciais. O caso se tornou a série de televisão do canal FX “The People vs. OJ Simpson: American Crime Story”, que foi ao ar em 2016 e ganhou um Emmy.

Simpson foi considerado responsável pelas mortes em um processo civil de 1997 e condenado a pagar US$ 33,5 milhões em danos à família de Ron Goldman, que foi morto a facadas junto com a ex-mulher de Simpson, Nicole Brown Simpson.

Simpson se declara inocente até hoje e sempre negou que tentou fugir durante a famosa caçada humana, apesar de ignorar o prazo dado pela polícia para se entregar.

Uma mochila contendo o passaporte e dinheiro de Simpson, além de uma pistola, encontrada pela polícia no carro, levou muitos a questionarem suas intenções, porém a promotoria nunca as apresentou como prova.

Mais tarde, Simpson escreveu um livro intitulado “Se eu tivesse feito”, que fornecia uma descrição hipotética dos assassinatos.